No final do dia, o que você leva para o dia seguinte?
24/03/2021Qual é o seu valor para você mesmo?
31/03/2021
“Em tempos de muitas dores, a tristeza é o comum; a miséria, o padrão; a felicidade, ainda um sonho. Somente quando acreditarmos que podemos ser melhores juntos, teremos alguma chance de sucesso enquanto civilização.” (Marcos Nahuz, março de 2021)
I
mpressiona o estágio no qual ainda nos encontramos, tendo que lutar pelo alimento de cada dia, arriscando a vida frente a uma pandemia de proporção secular. Dependemos de processos arcaicos de trocas valoradas, bem próximos ainda do escambo pré-histórico. Valorizamos os itens de conforto e prazer em detrimento da saúde necessária e do conhecimento libertador. Queremos a posse mais que a iluminação. Ainda precisamos ter para ser.
Já temos tecnologias e desenvolvemos formatos de produção suficientes para tirar toda a humanidade da situação miserável na qual ela se encontra: mais alimentos, uma moradia, dignidade sanitária, acompanhamento da saúde e preparo para o sonhar e o fazer. Longe de ser impossível, este são objetivos com os quais já podemos e devemos sonhar para realizar.
Infelizmente, o tanto que evoluímos em conhecimentos e tecnologias segue longe à frente da percepção de que nos encontramos em uma realidade maleficamente conectada, onde, para uns degustarem de toda a segurança e conforto, muitos vivem em modelo escravagista (trabalhando muito para pagar somente o teto e a comida) e a maioria sobrevive das esmolas públicas e privadas (esmolas sim, porque o que não transforma, pereniza e cristaliza independentemente de boas intenções).
A humanidade sempre foi capaz de se reinventar para ser mais e melhor. Então ainda acreditamos que estamos perto de mais um salto transformador, onde encontraremos um novo modo de mover as pessoas em busca de objetivos mais nobres que simplesmente lutar pelo dinheiro de cada dia. Esperamos que os expoentes em inteligência do nosso planeta sejam capazes de, em breve, nos apresentar soluções diferentes para que possamos, finalmente, girar o mundo sem fazer as pessoas viverem sofrendo até a morte.