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Uma motocicleta pode ser somente um cavalo a motor, depende de quem a vê (e usa)

Somos híbridos de nossa origem já superada e de um mundo exterior que não para de evoluir
12/05/2021
Pouco faz quem muito se preocupa…
26/05/2021

“Uma motocicleta pode ser somente um cavalo a motor, depende de quem a vê (e usa).” (Marcos Nahuz, maio de 2021)

A motocicleta foi lançada comercialmente em escala global pelos norte-americanos William S. Harley e Arthur Davidson em 1903, estimulados pela capacidade inventiva do modelo mental dominante por lá. Hoje, mais de 100 anos depois, a motocicleta encontra-se em todos os lugares do planeta. Você já se perguntou se ela significa a mesma coisa para todas essas pessoas?
Por que será que muitos a usam para “cortar” e “costurar” nas ruas? Por que não adotam todos os procedimentos de segurança diante do uso de um veículo mais frágil e perigoso que o automóvel comum de quatro rodas? Por que a maioria simplesmente não obedece às normas de trânsito?
A resposta é surpreendente. Muitas pessoas não se importam com essas regras e prevenções porque simplesmente não têm consciência disso. A motocicleta “invadiu o mundo delas” sem que tivessem desenvolvido plenamente o modelo mental da civilização que criou esse meio de transporte.
Nos Estados Unidos, há mais de um século, imperava o pensamento racional, com conceitos como: causa e consequência (das ações perigosas); transporte individual econômico (não de famílias inteiras) e regras de conduta para o bem de todos (não o pensamento individual de furar engarrafamentos). No entanto, a motocicleta, por aqui, tornou-se para muitos somente um “cavalo a motor”, mais veloz, ágil, “que só precisa de gasolina e não adoece”.
A solução para reduzir a escalada dos acidentes de trânsito, que, além dos problemas de excesso de velocidade e álcool dos motoristas de automóveis, ainda é impulsionada por motociclistas inconscientes de suas responsabilidades, é de fundo mais geral que específico, envolvendo o esclarecimento das regras, seus motivos e as consequências da vida tecnológica atual, complexa e diferente do passado.
Assim, entre outras coisas, seremos beneficiados todos com a inserção cada vez maior de conceitos lógico-racionais diversos, inclusive motociclistas não mais se portando como cavaleiros pós-contemporâneos, mas sim como participantes de uma sociedade onde as pessoas se importam umas com as outras./h5>

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