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O mundo não é um só… Nem a sua cidade… Nem a sua casa…

A única diferença entre você e um doido que fala sozinho é que você mantém a boca fechada
28/04/2021
Somos híbridos de nossa origem já superada e de um mundo exterior que não para de evoluir
12/05/2021

“O mundo não é um só... Nem a sua cidade... Nem a sua casa...” (Marcos Nahuz, abril de 2021)

O psicólogo norte-americano Clare Graves (1914-1986) acreditava que a natureza humana não era um modelo definido, mas sim uma dinâmica sempre emergente, como um sistema aberto e sem fim” e que a humanidade assim tem agido em resposta aos contextos que se apresentaram para ela.
Ele propôs uma teoria chamada de Níveis Cíclicos Emergentes da Existência, afirmando que a humanidade desenvolve níveis de respostas biopsicossociais cada vez que as dinâmicas existenciais se alteram radicalmente. Também falava que isso já havia se configurado, de maneira clara, pelo menos sete vezes na nossa história desde 100.000 anos atrás: a) a vida coletiva assentada na terra (Norte da África e Ásia - 50.000 AC); b) a vida de dominação pelo poder (Europa, Norte da África e Ásia - 10.000 AC); c) a vida das regras divinas (Oriente Médio, Ásia e Europa - 5.000 AC); d) a vida dos conhecimentos científicos (Europa e América do Norte – 1700); e) a vida do homem sensível (Europa - 1850) e f) a vida do homem articulado e do movimento coletivo (1950).
E nós aqui na América do Sul de hoje? No Brasil? Apesar de vivermos no 3º milênio da Era Cristã, nossa civilização é muito recente. Somos satélites das culturas mais avançadas do planeta e, assim, consumimos aleatoriamente seus valores, modelos mentais, produtos e soluções.
Diante dessa diversidade cultural e da disfuncionalidade causada por termos recebido elementos que ainda não tinham espaço em nossos modelos mentais, as pessoas por aqui foram afetadas diferentemente por essas “invasões” inevitáveis dos outros países, gerando derivações híbridas e complexas.
Vivemos então um grande choque de gerações e modelos e precisamos acordar para esta realidade. Precisamos superar as diferenças ocultas e unir nossos pedaços disfuncionais para forjar um modelo mental possível, que nos permita agir de acordo com a nossa natureza, entendendo aqueles que ainda não enxergam o mundo com as nossas lentes, encontrando os caminhos para uma sociedade que se respeita, com suas qualidades e defeitos reconhecidos, mas com a disposição de seguir adiante como uma só.

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