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A desimportância que importa

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“Melhor ser desimportante que se imaginar importante e falhar com os outros.” (Marcos Nahuz, abril de 2021)

Q uando somos convidados a participar de algo e dizemos “SIM” (sem muita reflexão), nem sempre cumprimos com o prometido. Eventualmente, podemos deixar de fazer o que havíamos prometido.
Infelizmente, “IMPORTÂNCIA” não é uma ideia que se define em teoria ou de modo abstrato. Ela se concretiza a cada oportunidade de envolvimento que temos, seja um simples convite para um cineminha ou uma proposta para trabalhar do outro lado do mundo.
Muitas vezes, pensamos que a medida de importância do comprometimento é algo que diz respeito a uma só pessoa, principalmente quando resolvemos desistir unilateralmente de um compromisso assumido, deixando os outros “na mão”, ou seja, antes achávamos ser “importantes”, agora decidimos ser “desimportantes” para aquele projeto específico.
Em outros casos, pensamos que a situação se resolve com o esclarecimento de que estamos enfrentando esta ou aquela dificuldade e que isso nos impede de continuar conforme combinado. O que estamos dizendo de verdade é que, por motivos outros, agora encaramos o projeto como “desimportante” para nós. É duro, mas é isso. Outras ocorrências, sonhos, problemas se apresentaram na frente de nossas prioridades anteriores.
Quando aceitamos participar de algo, devemos ter em mente qual o grau de envolvimento que os outros esperam de nós na proposta e se estamos em condições de responder a contento. Não é errado estabelecer limites no que estamos dispostos a dar, pelo contrário.
É bom estabelecer o nível do que as pessoas podem esperar de nós, o tempo que deve durar o compromisso e o que nos caberá dos resultados porventura obtidos. Em outros momentos, é melhor até ser “desimportante” e não gerar falsas expectativas para os outros.
Ou fazemos compromissos pelo grau de importância esperada (e reconhecida para os dois lados), ou é melhor nem os assumir. Se quisermos evoluir por meio do desenvolvimento coletivo, não há meio termo. Seja respondendo a um desejo de alguém por maior intimidade conosco, seja para mudar de vida e ir para o Japão, precisamos ser responsáveis pelas nossas decisões. De preferência, até o final.

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